A CAMARADAGEM (Parte 1)


NIMROD afirma sobre a camaradagem:

"A camaradagem não é um vínculo quantificável, uma relação mensurável, uma proporção entre companheiros. Não é um mero laço afetivo, como a amizade, mas uma coincidência espiritual, uma identidade de ideais que se realizam simultaneamente. A camaradagem é determinada por instantes absolutos: o tempo e o espaço do fato; mas carece de dimensão temporal extensiva; ou seja, a camaradagem não admite a categoria de duração, é inconcebível um Camarada permanente, como um amigo.

A camaradagem produz Camaradas do ato, da circunstância coincidente; implica o encontro de dois ou mais, num mesmo instante, com um ideal comum que se concretiza. A amizade, pelo contrário, é temporalmente extensa e espacialmente limitadora e abrangente; consiste em um espesso laço sentimental, quase mensurável, que une as pessoas independentemente do fato em que participam. A amizade é independente de qualquer norma ética porque brota do coração, como toda relação afetiva. Na camaradagem, pelo contrário, a Honra está sempre presente.

Não se deve questionar a conduta moral de um amigo; é obrigação, por outro lado, observar a atitude ética de um Camarada. Pode-se trair a pátria com a ajuda de um amigo. Mas só é possível morrer pela pátria com a ajuda de um Camarada.

Da oposição entre a amizade, afetiva, e a camaradagem, espiritual, surge com clareza por que o traidor consegue estender sua traição no tempo, “para sempre”, de forma análoga à amizade, e por que o herói deve demonstrar seu valor no ato de um instante — instante que a Honra, e a ética da humildade, obrigam a esquecer posteriormente: esse instante do herói, que carrega implícito todo o valor no próprio ato de sua ocorrência, é a instância absoluta dos Camaradas, a coincidência perfeita daqueles que vão lutar por um mesmo ideal."

Vem conferir a 👉parte 2👈

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